segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Duas rodas ...

'  Há pouco tempo, conversando com a dona de um salão de beleza que funcionários e clientes costumam descrever como uma pessoa leve, perguntei o que estava por trás daquela leveza. Como ela conseguia manter o bom humor e a calma em situações que normalmente causariam estresse (por exemplo, passar doze horas por dia ouvindo o barulho interrupto de secadores e de vinte mulheres falando ao mesmo tempo)?  Ela respondeu: " Tem gente que vem pro mundo de caminhão e tem gente que vem de bicicleta. Eu sou da turma da bicicleta". Saí de lá morrendo de inveja. '
  A turma das carretas com excesso de carga que trafegam perigosamente por estradas sem acostamento, são pessoas que se preocupam demais com problemas desnecessários, que acabam que ficam amargas, eu quero mostrar a possibilidade de se viver de forma menos complicada, carregando menos peso.
  Não falo aqui sobre a leveza que aliena e nos condena á superfície. " É preciso ser leve como o pássaro, e não como a pluma", disse o escritor francês Paul Vatéry.
   Hoje eu sei que isso tudo faz sentido, a pluma flutua, um voo sem plano, sem direção, sem desafio. Os pássaros riscam o ar com precisão, colocam a leveza a serviço do existir. Uma pedra pode interromper o voo, mas até que isso aconteça as asas sabe como e onde ir. Quando penso em leveza penso na possibilidade de sermos pessoas capazes de deixar o mundo menos opaco, menos pesado. Pessoas que se sente melhor com elas mesmas e são mais agradáveis, mais delicadas, mais generosas, Acima de tudo pessoas que conseguem tambem fazer a viagem de sair dela próprias para enxergar o outro.

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